top of page

Narrativa visual no PNBE 2014: composição e leitura

Problema de pesquisa

       Tradicionalmente, desde Aristóteles, a literatura está associada à representação de ações humanas pela palavra, especialmente, escrita. As mudanças pelas quais o ser humano vai provocando e sofrendo geram outros modos de representar as ações humanas que é a matéria prima da literatura. A literatura para crianças também se compõe por ações humanas, muitas vezes desempenhadas por personagens animais. Essa modalidade discursiva surge a partir de material já existente, de modo que narrativas que circulavam entre os camponeses são recontadas para as crianças. Os escritos de Charles Perrault (final do século XVIII) e dos irmãos Grimm (início do século XIX) marcam o início da literatura infantil ocidental, os quais são apresentados como contos de fadas – base da literatura infantil ocidental.

            Desde o surgimento do gênero, processos de adaptação ao público estão na sua base.  Zilberman (1984, p. 48-49) aponta como particularidades marcantes e próprias dessa modalidade artística: a dependência de um leitor específico (a criança); a constituição de seu acervo, que se faz por meio de um material preexistente (clássicos e contos de fadas); a presença da assimetria entre o autor e o leitor, revelando, muitas vezes, o desejo do adulto ensinar a criança. Para tentar garantir espaço de atuação do leitor mirim, a literatura infantil passa por um processo de adaptação. Zilberman (1984) vê, pois, a adaptação como um aspecto estrutural dessa modalidade artística, por meio de aspectos ligados à temática, à linguagem, ao estilo e à materialidade, uma vez que o discurso precisa ajustar-se às peculiaridades do leitor iniciante.

            A literatura em geral e a infantil constituem-se e se revelam pela linguagem verbal. Entretanto, gradativamente, a visualidade vem ganhando espaço no livro para criança ao acompanhar a palavra, de modo que o livro de literatura infantil ganha a categorização de livro ilustrado, já que a ilustração tende a acompanhar a palavra em tais exemplares. Aliás, as linguagens verbal e visual estão presentes na literatura desde o Romance da Melusina, manuscrito em pergaminho, produzido entre 1400 a 1420 (RAMOS; PANOZZO, 2011, p. 23). No Brasil, a ilustração e a palavra estão juntas, mas é nos anos de 1970 que a visualidade se manifesta com maior intensidade, de modo que, em 1976,por exemplo, é publicado Ida e volta, de Juarez Machado, primeiro livro sem palavra editado no País e que se torna obra modelar do gênero. A narrativa não fica excluída dessa modalidade de livros – há marcas que vão edificando o tempo, o espaço, os personagens, o conflito, o ponto de vista de quem conta por meio de recursos da linguagem visual. O caráter sequencial manifesta-se nessas produções que vão adentrando os espaços escolares e sendo aceitas como produções artístico-culturais destinadas à criança. Ou seja, mesmo tendo recurso do domínio da narrativa é uma linguagem que se apresenta ao leitor implicando modos singulares de percorrer o texto veiculado no título.

            Sensível a essa modalidade literária, o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) vem selecionado narrativas visuais como um dos segmentos que compõem seus acervos, independente da idade do público visado. Aliás, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), desde 1981, premia, em concurso anual, os melhores livros editados pertencentes à categoria “livro sem texto”[1].

            Além desse breve cenário acerca dessa modalidade discursiva, para expressar o problema desta investigação, cabe expor algumas observações realizadas, já que o problema de pesquisa surge a partir de investigações realizadas, da atuação profissional e ainda de demandas postas pelo currículo dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Registramos, assim, a seguir duas observações em escolas, ambas relacionadas à leitura de livros literários do PNBE e outra situação, oriunda de curso de formação de professores.

a) Em sessão de leitura individual da obra Se um dia eu for embora, de Anna Gobbel (PNBE 2010), realizada pela pesquisadora que também era professora da turma de 4º ano em escola pública no município de Caxias do Sul, contatamos que a leitura é predominantemente centrada no código verbal e assume um viés referencial. Para os entrevistados, as possibilidades de ir embora, anunciadas na obra, estão ligadas à mudança de bairro, de casa, de cidade, e a morte não entra nas hipóteses levantadas pelos sujeitos. Alertamos que, nesse título, muito dos sentidos possíveis advém da visualidade, já que, em cada par de páginas, há apenas uma breve frase posta sobre a ilustração que cobre a totalidade das páginas. Entretanto, quando as crianças conversaram com a professora acerca do texto, a ilustração não foi apontada como elemento que signifique e constitua a narrativa. Um dos sentidos para o título, conforme paratexto veiculado na 4ª capa, é ir embora pela morte. O texto verbal é altamente simbólico, assim como o visual, e o leitor, para interagir com a obra, dialogaria com as duas linguagens. Nessa situação de leitura, a intervenção de um mediador qualificado contribuiria para a ampliação de sentidos da obra.

b) Em outra sessão de leitura individual, convidamos um estudante de 4º ano, indicado pela professora titular como um dos melhores leitores da turma para ler o livro Ah, cambaxirra, se eu pudesse, escrito por Ana Maria Machado e ilustrado por Graça Lima. O sujeito, ao posicionar-se para ler o título, apoiou seu cotovelo sobre as páginas onde havia ilustração e passou a ler apenas a palavra, ignorando as propostas semânticas sugeridas pela visualidade do exemplar.

c) Além dessas situações, apontamos que, em curso de formação com professores que atuam na Educação Básica nas redes públicas (maio de 2013), em atividade que os docentes foram convidados a escolher obras do acervo do PNBE 2010 para organizar propostas de leitura a serem aplicadas, os livros de narrativa visual e de histórias em quadrinhos não foram eleitos. Deduzimos que os profissionais não se sentiram aptos para explorar a visualidade das obras[2]. Entretanto, em pesquisa que busca as preferências de leitura dos estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental em relação aos títulos do PNBE 2008 (conforme estudos de pós-doutorado com estudantes de Caxias do Sul-RS[3]), observamos que os títulos mais retirados na biblioteca escolar são as histórias em quadrinhos.

Os exemplos multiplicar-se-iam. Essas situações acerca da recepção da visualidade na escola apontam para a dicotomia entre o desejo do leitor mirim e o do professor quanto ao material a ser lido e ao que entendem por leitura. Em geral, a criança busca na leitura uma forma de lazer e o professor, um recurso para ensinar algo. Leitura para o docente está relacionada à palavra, não privilegiando estratégias que instrumentalizem o discente para a compreensão da visualidade do livro. Se o livro é formado unicamente por visualidade, tende a não ser privilegiado pelas práticas escolarizadas de leitura, embora esteja na biblioteca escolar.

Reiteramos, ainda, que a visualidade do livro infantil é, ao mesmo tempo, motivo de sedução e de rejeição do exemplar na escola. O PNBE contempla nos seus acervos a categoria narrativa visual e, desde 2006, também o gênero história em quadrinhos. Os títulos estão presentes em acervos de obras literárias, passaram por um processo de seleção, estão alocados nas bibliotecas escolares e são os mais procurados pelos estudantes. A leitura desses exemplares ocorre de modo autônomo, entretanto, a linguagem visual ali presente possui uma semântica própria, constituída principalmente pelas imagens, num sistema organizado plasticamente, em seus componentes sintáticos próprios de cor, forma, espaço e figuratividade. Nessa combinação emergem temas e conflitos por meio de narrativas, cujos enunciados discursivos seriam, por direito, ensinados e aprendidos na escola, para uma leitura mais completa, que vai além do enunciado verbal, considerando o texto um todo de sentido. Assim, apresentamos o nosso problema a partir de duas questões: Como as narrativas visuais, presentes no acervo dos anos iniciais do Ensino Fundamental/PNBE-2014, se constituem discursivamente, apelando ao seu destinatário, e como esse leitor, estudante de primeiro e de quinto ano do Ensino Fundamental, atua sobre tais narrativas?




[1] Discordamos da nomenclatura empregada para nomear a categoria, porque entendemos que a imagem, ao ser lida, também é um texto que contém proposta de sentido e vai ser atualizada pelo leitor.


[2] Castanha (2008, p. 145), ao refletir acerca da composição e leitura de narrativas visuais alerta para o “[...]receio de não entender o que está vendo ou de se sentir despreparado para analisar e, principalmente, opinar sobre o que vê, desencoraja muito o adulto a ver obras de arte.” Tal afirmação da autora estende à narrativa visual concebida também como uma obra de arte.


[3] O conjunto de dados dessa investigação pode ser acessado no livro Literatura na escola: da concepção à mediação do PNBE, publicado na forma de e-book (disponível no endereçohttp://www.ucs.br/site/midia/arquivos/literatura_escola_ebook.pdf).

Objetivos

Geral:

Investigar narrativas visuais do acervo dos anos iniciais do Ensino Fundamental do PNBE 2014, a fim de contribuir para os processos de letramento nos anos iniciais do Ensino Fundamental.


Específicos

a) Analisar a composição das narrativas visuais presentes no acervo para mapear o modo como os elementos formantes dessa linguagem organizam esses enunciados, criam o enredo e propõem desafios ao leitor no processo de concretização da narrativa.


b) Examinar potencialidades de atuação do leitor em obras pertencentes à categoria “narrativa visual e história em quadrinhos”, prevista pelo edital do PNBE 2014.


c) Analisar o modo como o leitor de primeiro ano e de quinto ano significa as narrativas visuais com as quais tem contato, a partir de sessões de leitura.


d) Elaborar princípios mediadores para as obras analisadas, por meio de instrumental técnico e estratégias lúdicas que propiciem a compreensão do enunciado visual e o desenvolvimento da sensibilidade estética, a fim de contribuir para o letramento, em especial, de estudantes de anos iniciais.

Metodologia

Os referencias que sustentam o processo de investigação serão ampliados no decorrer de cada etapa da investigação a partir de demandas postas pelo objeto analisado. A pesquisa assume um caráter qualitativo, pautado em três momentos distintos, mas interligados: (a) seleção e análise de narrativas visuais, (b) análise do modo como crianças de 1º e 5º ano interagem com os títulos estudados e, por fim, (c) criação de estratégias de leitura para tais títulos com base na composição das obras formadas por linguagem visual e no modo como os estudantes as significam.


Após a busca dos títulos, classificados como narrativa visual entre os 100 que farão parte dos quatro acervos para anos iniciais do PNBE - 2014[1], será realizado um estudo abrangente das obras. Em seguida, serão selecionados 6 títulos para estudo verticalizado, sobre como se constitui a narrativa nessas obras. A análise será realizada a partir das potencialidades de cada título. Entretanto, anteriormente será elaborada pelos pesquisadores uma matriz de análise a partir de itens presentes na narrativa (BENJAMIN, 1985, BARTHES, 1971) e na linguagem visual, principalmente em Dondis (1976), Greimas (1984) e Oliveira (2008), pautando-se no entendimento de linguagem proposto por princípios vigotskianos e bakhtinianos.


A primeira parte da investigação, mapeamento do acervo, entendido como um estudo horizontal contempla leitura e fichamento das obras contendo sinopse e ainda peculiaridades acerca de elementos estruturais do gênero narrativa visual, qualidade do projeto gráfico-editorial, qualidade literária do texto e proposta de interação com o leitor, a partir de elementos estruturais presentes na narrativa visual. Em seguida, é realizado estudo verticalizado. Nessa etapa, serão selecionadas 6 obras (no mínimo uma de cada acervo), para estudo aprofundado, tentando contemplar a diversidade de propostas presentes nos títulos do segmento c previsto no Edital PNBE 2014: “Livros de imagens e livros de histórias em quadrinhos, dentre os quais se incluem obras clássicas da literatura universal, artisticamente adaptadas ao público dos anos iniciais do ensino fundamental.” (BRASIL, 2013 – grifo nosso)


O estudo verticalizado das obras selecionadas tem como foco a perspectiva de linguagem proposta por Bakhtin (1981, 2000), aspectos estruturais da narrativa (BARTHES, 1971, BENJAMIN, 1985), peculiaridades da linguagem visual propostas por Aumont (2012), Dondis (1976), Floch (1985) e Panozzo (2001) e ainda uma densa reflexão acerca da ilustração desencadeada por Oliveira (2008)[2], embora tais obras não sejam constituídas por palavra e ilustração, pois a visualidade não as ilustra, mas lhe confere existência. Assim, para entender a significação da visualidade que gera narrativas e os percursos construídos pelos leitores, os estudos ancoram-se em Greimas (1984) e nas discussões de Oliveira (2008). Nesse sentido, serão aplicados, nas análises, pressupostos gerais da imagem defendidos pelos autores, como aspectos conceituais e constitutivos que contribuem para a leitura da visualidade.


A segunda etapa da investigação pressupõe, à luz dos dados oriundos da etapa 1, a análise das obras e escuta dos alunos que as recebem nas escolas. Para tanto, serão selecionadas duas escolas entre as que obtiverem melhor desempenho em Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) na rede pública, provavelmente, de Caxias do Sul e/ou Santa Maria, onde residem as pesquisadoras. Em cada escola, serão selecionadas duas turmas de 1º ano e duas de 5º. Em uma turma de cada ano, todos os estudantes participarão de uma sessão de leitura coletiva e, na outra turma, cinco estudantes realizam leitura individual e entrevista com uma das pesquisadoras.


Leitura coletiva – será aplicada sessão de leitura coletiva de narrativa visual, mediada pelo professor da classe, em classe de primeiro e de quinto ano. A aplicação será registrada por meio de filmagem e ainda haverá dois pesquisadores, já conhecidos dos estudantes, que acompanham a sessão com planilha de observação previamente organizada (a partir das peculiaridades da obra lida). Nesse momento, o foco de observação será o modo como as crianças significam a narrativa no ambiente coletivo da sala, suas intervenções e comentários, sem preocupação investigativa sobre ação docente.


Leitura individual – cada obra será lida por 5 estudantes de primeiro ano e 5 de quinto ano, indicados pela professora por terem fluência em leitura verbal – modalidade privilegiada na escola. Após a situação de interação da criança com a obra, a pesquisadora entrevista a criança, pedindo-lhe que conte o livro e, na sequência, indaga o sujeito acerca do seu processo de significação. Cada entrevista será organizada a partir das potencialidades do livro. Toda sessão será filmada, a fim de observar pausas, hesitações, comentários e outras atitudes que possam emergir da atividade.


Não temos como meta cotejar as significações produzidas pelas crianças individualmente ou em grupo. Interessa-nos perceber e analisar os modos pelos quais a sequência de imagens é significada pela criança, de modo que mesmo ciente das categorias da narrativa, não temos, a priori, categorias de análise, uma vez que vamos trabalhar com dados que emergem das situações construídas e vividas na investigação.


Os professores cujos alunos participam da investigação também serão entrevistados (com gravador de voz) pela coordenadora ou pesquisadores, a fim de entendermos o papel da leitura da visualidade nas suas práticas educativas. Tais dados, entretanto, apenas serão considerados na análise da atuação de seus alunos frente à obra lida.


O universo de estudos é, em princípio, 5 obras (uma narrativa visual de cada um dos cinco acervos que compõem o PNBE anos iniciais do EF), as sessões de leitura coletiva realizada com cada uma das obras, as entrevistas individuais e episódicas como 5 crianças de cada turma e as entrevistas com docentes das turmas pesquisadas.


As sessões de leitura ocorrem na escola onde o estudante está matriculado e serão conduzidas, ou ao menos acompanhadas (no caso da leitura coletiva que é mediada pelo professor da turma), por um dos pesquisadores já com experiência no tema, em virtude da importância de conhecer a proposta das obras. Só participam da pesquisa sujeitos que forem devidamente autorizados pelos pais ou responsáveis por meio da entrega de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Se aprovada, a pesquisa seguirá os trâmites acerca da ética em pesquisa com seres humanos.


A discussão de resultados permitirá além da produção de artigos sobre o modo como os estudantes interagem com a visualidade, apontar procedimentos empregados no ato de leitura e aspectos que carecem de mediação, a fim de potencializar a concretização dos títulos selecionados e de outras obras do mesmo gênero.


A terceira etapa da investigação abrange a organização de princípios mediadores, pautados, principalmente, em contribuições de Vigotsky (1989, 1993, 2000), Bakhtin (1981, 2000), Dondis (1976), Greimas (1984), Oliveira (2008), Dussel (2006, 2010), Floch (1985) e Panozzo (2001), ainda, subjaz às propostas uma orientação lúdica (HUIZINGA, 1993; ROSA, 2010) presente em todas as etapas das propostas de leitura e atividades a serem realizadas. Nesse momento, buscamos criar estratégias para ajudar a criança perceber aquilo que foi apontado pela análise realizada pelos pesquisadores. Tais propostas serão divulgadas, junto com as análises das obras, em livro direcionado a professores da Educação Básica.


Alertamos que serão elaborados trabalhos acadêmicos para apresentação em eventos e publicação em revistas da área e livros, assim como será realizada orientação de iniciação científica e de estudante de pós-graduação, e organização e oferta de curso de extensão para docentes, acadêmicos e demais interessados em leitura de narrativas visuais.





[1]O processo de seleção de títulos está ocorrendo durante o ano de 2013, a partir de três segmentos, conforme Edital PNBE 2014. Para compor o acervo das escolas que atendem alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental: (a) textos em verso – poema, quadra, parlenda, cantiga, trava-língua, adivinha; (b) textos em prosa – pequenas histórias, novela, conto, crônica, teatro, clássicos da literatura infantil; (c) livros de imagens e livros de histórias em quadrinhos, dentre os quais se incluem obras clássicas da literatura universal, artisticamente adaptadas ao público dos anos iniciais do Ensino Fundamental. A listagem com o conjunto de obras do acervo será divulgada ainda no ano de 2013 e, se mantiver a tendência de edições anteriores, aproximadamente 10% dos títulos será formado por livros de imagens e livros de histórias em quadrinhos.


[2] Embora os estudos de Oliveira (2008), ao focar a visualidade, privilegia a ilustração, modalidade discursiva que, em geral, está acompanhada de outra linguagem, tais orientações serão usadas para pensar a composição das  imagens que formam os livros de imagem a serem analisados.

Referencial teórico

AGUIAR, Vera Teixeira. O verbal e o não verbal. São Paulo: UNESP, 2004.


AUMONT, Jacques. A imagem. 16. ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 2012.


BAKHTIN, Mikhail (VOLOCHÍNOV). Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahud e Franteschi Vieira. 2. ed. São Paulo: Hucitec, 1981.


______ . Estética e criação verbal. Tradução de Maria E. G. G. Pereira. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000.


BARROS, Diana Luz Pessoa de. Teoria semiótica do texto. São Paulo: Ática, 1997.


BARTHES, Roland. Introdução à análise estrutural da narrativa. In: BARTHES, Roland et al. Análise estrutural da narrativa: pesquisas semiológicas. Tradução Maria Zilda Barbosa Pinto. Petrópolis: Vozes, 1971.


BENJAMIN, Walter. Magia, técnica, arte e política: ensaios sobre a literatura e a história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985. v. 1.


BLANCHOT, Maurice. O espaço literário. Rio de Janeiro: Rocco, 1987.


BENJAMIN, Walter. Magia, técnica, arte e política: ensaios sobre a literatura e a história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1985.v. 1.


BRASIL. EDITAL DE CONVOCAÇÃO 04/2012 – CGPLI. EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA INSCRIÇÃO E SELEÇÃO DE OBRAS DE LITERATURA PARA O PROGRAMA NACIONAL BIBLIOTECA DA ESCOLA PNBE 2014. Disponível em http://www.fnde.gov.br/programas/biblioteca-da-escola/biblioteca-da-escola-consultas/item/3982-edital-pnbe-2014 Acessado em 20 out. 2013.


CÂNDIDO, Antônio. O direito à literatura. In: ___. Vários escritos. 3. ed. São Paulo: Duas Cidades, 1995.


CASTANHA, Marilda. A linguagem visual no livro sem texto. In: OLIVEIRA, Ieda (Org.). O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil: com a palavra o ilustrador. São Paulo: DCL, 2008.


DONDIS, D. A. La sintaxis de la imagen: introducción al alfabeto visual. Barcelona: Editorial Gustavo Gill, 1976.


DUSSEL, Inés y GUTIÉRREZ, Daniela. Educar la mirada: políticas y pedagogías de la imagen. Buenos Aires: Ediciones Manantial, 2006.


FIORIN, José Luiz. Astúcias da enunciação: as categorias de pessoa, espaço e tempo. São Paulo: Ática, 1999.


______ . Elementos da análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2000.


FLOCH, Jean-Marie. Petites mythologies de l’oiel et de l’esprit. Pour une sémiotique  plastique. Paris-Amsterdan: Editions Hadès-Benjamins, 1985.


GÖBEL, Anna. Se um dia eu for embora. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.


GREIMAS, Algirdas J. Semiótica figurativa e semiótica plástica. Significação: Revista Brasileira de Semiótica. São Paulo, n. 4, junho de 1984.


Huizinga, J. Homo ludens. 4.ed. São Paulo: Perspectiva, 1993.


MACHADO, Ana Maria. Ah, cambaxirra, se eu pudesse. Ilustrado por Graça Lima. São Paulo: FTD, 2003.


MIRZOEFF, Nicholas. Una introducción a la cultura visual. Barcelona: Paidós, 2003.


MITCHELL, William John Thomas. Showing seeing: a critique of visual culture, Journal Of Visual Culture, 2002, Vol 1(2).


OLIVEIRA, Rui de. Pelos jardins Boboli: reflexões sobre a arte de ilustrar livros para crianças e jovens. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.


PANOZZO, Neiva Senaide Petry. Literatura infantil: uma abordagem das qualidades sensíveis e inteligíveis da leitura imagética na escola. 2001.

169 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.


RAMOS, Flávia Brocchetto. Literatura na escola: da concepção à mediação do PNBE. Caxias do Sul: EDUCS, 2013. Disponível em http://www.ucs.br/site/midia/arquivos/literatura_escola_ebook.pdf Acessado em 10 out. 2013.


________; PANOZZO, Neiva Senaide Petry. Interação e mediação de leitura literária para a infância. São Paulo: Global, 2011

Rosa, Sanny S. Brincar, conhecer, ensinar. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2010.


Vilches, Lorenzo. La lectura de la imagen: prensa, cine, televisión. 6. ed. Barcelona: Paidós, 1995.


Vygotsky, L. S. La imaginación y el arte em la infância. 5. ed. Madrid, 2000.


______. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.


______ . A formação social da mente. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.


ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1984.

Publicações

Publicações

2021 -  Artigos

BOEIRA, Adriana Ferreira; RAMOS, Flávia Brocchetto; VALENTIN, Carla Beatris. Pesquisa com crianças sobre leitura e jogos digitais: instrumentos metodológicos no processo de construção de dados. Revista Ciranda (Unimontes), v. 5, p. 135-154, 2021.


2020 -  Artigos

GIACOMIN, M.S.; RAMOS, Flávia B. Como a criança lê o livro literário infantil? Acta Scientiarum Education (online), V. 42, P. 1-12, 2020. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciEduc/article/view/40917

RAMOS, Flávia Brocchetto; MARUJU,V.C.; MATOS, S.R.L.; ALBUQUERQUE, G. Cotidiano na voz do estudante autor da região norte: estudo sobre crônicas. Textura - ULBRA, v. 22, p.99-119, 2020. Disponível em: http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/txra/article/view/5272

VOLMER, L.; HELLER, S.; RAMOS, Flávia B.; CARVALHO, A. C. De contos a curtas: a formação de leitores na escola. Revista do Gelne, v. 22, p. 75- 88, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/gelne/article/view/18961

RAMOS, Flávia Brocchetto; ACOSTA, C.; RELA, E. Da capa à contracapa: paratextos nos processos constitutivos. ETD: Educação Temática Digital, v. 22, p. 145-163, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/8653276

RAMOS, Flávia Brocchetto; DALLAGNOL, G.; MORES, A. Literatura em escolas públicas: reflexões a partir da escuta de professores. Ciranda, v. 4, p. 1-17, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/ciranda/article/view/1567/1766

RAMOS, Flávia Brocchetto; VOLMER, Lovani; BOHM, Verônica. Rapunzel e Enrolados: aproximações e distanciamentos. Revista e-Curricullum (PUCSP), v. 18, p. 372-390, 2020. Disponível em: http://revistas.pucsp.br/curriculum/article/view/43079/31727

ZANOLLA, Taciana; RAMOS, Flávia Brocchetto; BOHM, Verônica. O encontro da criança com o livro didático: representações da infância (The child's meeting with the teaching book: representations of childhood). Revista Eletrônica de Educação (SÃO CARLOS), v. 14, p. 3511090-18, 2020. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/download/3511/101

RAMOS, Flávia Brocchetto; MACIEL, R. R. A. Em defesa do corpo poético. Revista Cocar (online), v. 14, p. 1-18, 2020. Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/3405.

RAMOS, F. B.; SCHENKEL, J. D. ; RELA, E. O lugar dos paratextos biografia e sinopse em obras literárias infantis. Linhas Críticas (online), v. 26, p. 1-15, 2020. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/28636

MARUJU, V. C. P. S.; MATOS, S. R. L.; RAMOS, Flávia B. O combate de uma vida-de-professora-pesquisadora à redacionalização da escrita no Ensino Médio. Raído (online), v. 14, p. 244-258, 2020. Disponível em: http://dx.doi.org/10.30612/raido.v14i34.10433

BOHM, Verônica; MARANGONI, M. C. Tasca; RAMOS, Flávia B. Moana: um olhar para as relações intergeracionais. Aurora (PUCSP. online), v. 13, p. 68-82, 2020. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/aurora/article/view/39327

MARANGONI, M. C. T.; RAMOS, Flávia Brocchetto. Poesia: uma casa para as infâncias. Signo (UNISC. Online), v. 45, p. 37-48, 2020.

Disponível em: http://dx.doi.org/10.17058/signo.v45i83.14742

BERNARDI, M. C.; RAMOS, Flávia Brocchetto. Estágio docência: relato de experiência no curso de Biblioteconomia (EAD) da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Revista ACB (FLORIANÓPOLIS), v. 25, p. 766-777, 2020. Disponível em: https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/1690/pdf.

OLIVEIRA, F. R.; SILVEIRA, J. P. B.; RAMOS, Flávia Brocchetto; RELA, E. Gabinetes de leitura no Rio Grande do Sul: aspectos históricos e incentivo à formação de leitores. Patrimônio e Memória (UNESP), v. 16, p. 91-109, 2020. Disponível em: http://pem.assis.unesp.br/index.php/pem/article/viewFile/1197/1185

RAMOS, Flávia Brocchetto; LAZZARI LORENZET, F.; JUNQUEIRA DE SOUZA, R. O Gato e a Árvore: cuidados na formação do leitor de imagens. Revista Graphos, v. 22, n. 2, p. 164-181, 15 out. 2020. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/graphos/article/view/52294

MACIEL, Rochele R. A.; RAMOS, Flávia B.; GALARDINI, Anna L. Qualidade em serviços educacionais italianos. Conjectura: filosofia e educação, Caxias do Sul, RS, v. 25, p. 29-51, 2020. Disponível em: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/8220.


  2019 Artigos

MARANGONI, M. C. Tasca; RAMOS, Flávia Brocchetto. 'Pirlimpsiquice': Um Extraordinário Faz-De-Conta. Línguas & Letras (online), v. 19, p. 86-100, 2019. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/17625/pdf

SANTOS, R. C. S. D.; RAMOS, Flávia B. Literatura: da 'vida de todos os dias e de todos os homens?. Revista Eletrônica Araticum, v. 19, p. 153-163, 2019. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/araticum/article/view/137/166

RAMOS, Flávia Brocchetto; SCHENKEL, Julia Duarte; RELA, Eliana. Professores e literatura infantil: um estudo sobre a interação de professores com livros. Revista de Educação, Ciência e Cultura, v. 24, p. 17-29, 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18316/recc.v24i2.5071

MORAIS, C.; RAMOS, Flávia B.; HADDAD, S. Paratextos em livros de imagem selecionados para Educação de Jovens e Adultos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos RBEP-INEP, v. 100, p. 384-404, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.100i255.3964


RAMOS, Flávia B.; SCHENKEL, J.D.; AZEVEDO, F. J. F. Leitura de paratextos por crianças: análise de entrevista baseada em obras do PNBE 2014. Ciência e Cognição (UFRJ), v. 24, p. 62-74, 2019. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/1512

ALVES, K. F.; RAMOS, Flávia B. Ensino de estratégias de leitura literária no Ensino Médio: possibilidade para formação de leitores. Cadernos de Pesquisa, v. 26, p. 332-340, 2019. Disponível em: http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/12776

DALENOGARE, Rosana Andres; RAMOS, Flávia Brocchetto; DE SOUZA, José Edimar. Leitura literária na formação humana: poesia no Ensino Médio. Comunicações (UNIMEP), v. 26, p. 23-36, 2019. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/3921

RAMOS, Flávia Brocchetto; WILMSEN, Lilibth; MACIEL, Rochele Rita Andreazza. Pesquisa(r) com as crianças na educação infantil. Nuances, v. 30, p. 266-283, 2019. Disponível em: http://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/6655

VOLMER, L.; RAMOS, Flávia B.; FERREIRA, L. T. Narrador: mediador de leitura(s): análise de 'Raul da ferrugem azul'. Interfaces da Educação, v. 10, p. 176-200, 2019. Disponível em: http://dx.doi.org/10.26514/inter.v10i30.3840.

bottom of page